O cineasta americano Terrence Malick era, até 2011, um diretor temporal. Ele, que dirigiu seu primeiro longa, Terra de Ninguém, em 1973, ao longo dos 38 anos seguintes, realizou apenas mais quatro filmes. Isso dá uma média de um filme a cada sete anos e meio. Parece que as coisas estão mudando. Amor Pleno, de 2012, foi realizado um ano depois de A Árvore da Vida. E ele já conta com dois novos projetos: um em fase de produção e outro em pré-produção. Malick é o tipo de artista que não permite meio termo. Ou se gosta ou se detesta. Seus filmes sempre deixam o público dividido. Amor Pleno, que ele também escreveu, tem como base experiências pessoais do diretor. A história nos apresenta Neil (Ben Affleck), um homem que não está satisfeito com sua vida. Ele viaja a Paris e se envolve com Marina (Olga Kurylenko). Depois, quando volta para os Estados Unidos, se casa com ela para ajudá-la a obter o visto americano. Aparece então Jane (Rachel McAdams), uma antiga namorada, além de Quintana (Javier Bardem), um padre que passa por uma crise de fé. O cinema de Malick é bem particular e se vale da força e da beleza das imagens para nos conduzir. Nesse quesito, a estupenda fotografia do mexicano Emmanuel Lubezki ajuda bastante. Poético, simbólico e belo, Amor Pleno é um típico Malick, com toda a carga emocional e sensorial que seus filmes costumam trazer.
AMOR PLENO (To the Wonder – EUA 2012). Direção: Terrence Malick. Elenco: Ben Affleck, Olga Kurylenko, Rachel McAdams, Javier Bardem, Tatiana Chiline, Marshall Bell, Romina Mondello e Charles Baker. Duração: 113 minutos. Distribuição: Paris Filmes.
Respostas de 2
É Malick. Ponto. Temos que assistir!
Descobri que faço parte do grupo que detestou (prefiro não generalizar, por isso o verbo no passado…)