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A FELICIDADE NÃO SE COMPRA

O diretor Frank Capra e o ator James Stewart já haviam trabalhado juntos em dois filmes no final dos anos 1930: Do Mundo Nada Se Leva e A Mulher Faz o Homem. A carreira de ambos foi interrompida no início dos anos 1940 por conta da 2ª Guerra Mundial, Capra atuou como documentarista e Stewart como oficial. Quando o conflito acabou, em 1945, o diretor decidiu realizar um filme que exaltasse a vida e a esperança e convidou o amigo ator para estrelá-lo. Capra desenvolveu o roteiro de A Felicidade Não Se Compra baseado no conto O Maior dos Presentes, de Philip Van Doren Stern. O filme conta a história de George Bailey, um jovem da pequena Bedford Falls que sonha em ir embora da cidade, se tornar um grande arquiteto e ganhar o mundo. Porém, uma série de imprevistos vai fazendo com que George nunca consiga sair de lá, até o ponto em que ele, graças a uma ação atrapalhada de seu tio, se desespera completamente e pensa em cometer suicídio por achar que nem deveria ter nascido. Neste ponto, um anjo aparece e mostra a George como seria a cidade se ele não existisse. Quando foi lançado, em 1946, o filme fracassou nas bilheterias. A redenção aconteceu anos depois, graças à televisão, que passou a exibi-lo como filme de Natal. A partir daí, o culto começou. Seria muito simplista classificar A Felicidade Não Se Compra somente como um “filme de Natal”. Trata-se de um forte drama que sintetiza a visão de mundo e o cinema de Frank Capra, um diretor que sempre acreditou que um indivíduo puro de coração pode enfrentar o mundo e suas dificuldades e fazer a diferença. É aquele tipo raro de filme que consegue nos fazer acreditar, com o perdão do trocadilho com o título original, que a vida é realmente maravilhosa.
A FELICIDADE NÃO SE COMPRA (It’s a Wonderful Life – EUA 1946). Direção: Frank Capra. Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Thomas Mitchell e Harry Travers. Duração: 130 minutos. Distribuição: Versátil e Paramount.

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Respostas de 9

  1. É um filme marcante; para mim inesquecível e um dos meus preferidos.

    Obrigada, as suas observações, atentam ao mais importante do filme: a alternativa para que a vida possa sert melhor, se assim desejarmos.

    Receba o meu abraço e leitura constante, Marden.

  2. Quando comprei esse dvd , disse para minha mulher (que ainda nao tinha visto o filme) que apostava o que quisesse que ela estaria chorando no final. Incrédula e desdenhosa com a possibilidade, ela aceitou o desafio. Chegamos em casa e vimos juntos o filme. Quando o anjo ganha as asas, ela virou a cabeça escondendo o rosto de mim e simplesmente disse … “você tinha razão”.
    🙂

  3. Tive o imenso prazer de assistir essa obra há uns 10 anos, sem ter a menor ideia do que se tratava. Pueril, fui pego de surpresa, mas como se sempre soubesse do que se tratava. E foi com esse filme que eu entendi o que é “a força de um clássico” – uma obra que está sempre atual.

  4. O filme é maravilhoso, podem acreditar. A gente não casa de assistir.
    É tão atual o tema, o filme fala de amor, famíia, amizade, trabalho, dinheiro, e Fé em Deus, valores que norteiam a vida das pessoas, hoje e sempre.
    Parabéns pela estréia . Sucesso Marden, sou sua fã e esposa que muito te ama.

  5. Ganhei este filme do meu irmão. Assisti com minha esposa e no final ambos estávamos chorando.

    Até a hora que o protagonista ameaça cometer suicídio, digo que o filme é bem mediano. Após esta cena é que realmente ele fica forte, impactante e marcante. Recomendado fortemente!

  6. Lindo filme. George Bailey nos mostra simplicidade e correção exemplares, mesmo desiludindo-se frente a uma dificuldade imposta pela vida. Os desencontros que nos pregam peças e o real valor que às vezes não nos damos são claros elementos que contribuem para a emoção do filme. Mas eu acho que, além disso, a incapacidade de demonstrar uma integridade sincera como a do protagonista é também motivo que nos faz chorar.

  7. Volto aqui, meses depois desse primeiro post, Marden, para dizer que ainda ontem assisti “Angel-A” de Luc Besson. Meio que releitura de “A Felicidade…”, meio que ensaio, meio que desabafo, meio que começa estranho, torto, e termina muito bem. Por inteiro afirmo que, quando o assunto, por mais recorrente que seja em outras obras, te pega no íntimo, no pessoal, é porque também alcança o universal.

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