Existe um velho ditado que diz: filho de peixe, peixinho é. No caso do cineasta francês Jean Renoir, ele se aplica integralmente. Ele é filho do renomado pintor impressionista Renoir e cresceu respirando arte por todos os poros. O talento que faltou para seguir os passos do pai na pintura se manifestaram na realização de filmes. Muitos deles obras-primas, como este A Grande Ilusão, que ele escreveu, junto com Charles Spaak, e dirigiu em 1937. A história se passa durante a Primeira Guerra Mundial e mostra um grupo de soldados que está preso em um campo de concentração alemão. Clássico absoluto, o filme é um dos mais contundentes trabalhos antibelicistas da História do Cinema. Renoir deixa claro que numa guerra todos são vítimas. Quando de seu lançamento, em plena Segunda Guerra, foi banida da Alemanha e teve quase todas suas cópias destruídas pelos nazistas. Felizmente, um negativo foi encontrado em Munique em 1945 e por conta dessa descoberta, hoje podemos assistir a essa obra fundamental.
A GRANDE ILUSÃO (La Grande Illusion – França 1937). Direção: Jean Renoir. Elenco: Pierre Fresnay, Erich Von Stroheim, Jean Gabin, Marcel Dalio, Julien Carette, Gaston Modot, Jean Dasté e Dita Parlo. Duração: 114 minutos. Distribuição: Continental.
Uma resposta
Exato: “é um dos mais contundentes trabalhos antibelicistas da História do Cinema”. Ademais, é cinema de gente grande.