O cineasta ucraniano Grigoriy Chukhray estudou no Instituto de Cinema de Moscou. Ao longo de quase 30 anos de carreira, ele dirigiu nove longas, incluindo dois documentários. A Balada do Soldado, de 1959, foi seu segundo filme e aquele que o projetou mundialmente. O roteiro original, escrito pelo próprio Chukhray, junto com Valentin Ezhov, conta uma história que se passa na Segunda Guerra Mundial. Acompanhamos o soldado Alyosha (Vladimir Ivashov), que após um ato de heroísmo no conflito, ganha uma licença e viaja à sua terra natal para visitar a mãe. Mas o percurso, feito de trem, reserva muitas surpresas para Alyosha. Não é por acaso que o filme de Chukhray se chama A Balada do Soldado. O termo “balada” remete a um passo de dança e é assim que o diretor conduz sua narrativa. Com muita poesia e ritmo, a obra se vale de uma trama bem simples, porém, de grande apelo universal. Essencialmente pacifista, é impossível não se emocionar com a jornada de Alyosha e, a partir de certo ponto, de Shura (Zhanna Prokhorenko) também. Considerado como um dos melhores filmes de guerra do cinema soviético, A Balada do Soldado é muito mais que isso. Ele está entre os grandes dramas de guerra de toda a História do Cinema.
A BALADA DO SOLDADO (Ballada o Soldate – União Soviética 1959). Direção: Grigoriy Chukhray. Elenco: Vladimir Ivashov, Zhanna Prokhorenko, Antonina Maksimova, Nikolay Kryuchkov, Evgeniy Urbanskiy e Elza Lezhdey. Duração: 88 minutos. Distribuição: Cult Classic.