Os cineastas da Nouvelle Vague francesa influenciaram muitos diretores pelo mundo a partir do final da década de 1950. Além deles, o diretor Jean-Pierre Melville, que não fez parte do movimento, foi também bastante influente. Tanto para seus conterrâneos como para os demais. Apaixonado pelo film noir americano, Melville construiu uma filmografia sólida e única dentro da cinematografia de seu país na época. O Samurai, que dirigiu em 1967, é considerada sua obra maior. O roteiro, adaptado pelo próprio diretor, junto com Georges Pellegin, tem por base o romance O Ronin, de Joan McLeod. A história gira em torno de Jef Costello (Alain Delon), um assassino profissional que segue o código de honra samurai. Ele é preciso no que faz e tem muito estilo. A vida dele toma um outro rumo quando uma testemunha o surpreende em ação. Melville é sofisticado ao extremo. Tudo aqui é envolvente. Os cenários, os figurinos, os movimentos de câmara, a fotografia, a montagem, a trilha sonora e os atores trabalham para este fim. Alain Delon, então com 32 anos, estava em um ótimo momento de sua carreira. E este papel o consolidou como astro. O Samurai é um filme bem adiante de seu tempo e é fácil perceber sua marca em muitos policiais que foram feitos depois.
O SAMURAI (Le Samourai – França 1967). Direção: Jean-Pierre Melville. Elenco: Alain Delon, François Périer, Nathalie Delon, Cathy Rosier, Jacques Leroy, Michel Boisrond, Robert Favart, Jean-Pierre Posier e Catherine Jourdan. Duração: 84 minutos. Distribuição: Versátil.
Uma resposta
Eis um filme que eu gostaria de assistir na primeira oportunidade.