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UM HOMEM CHAMADO CAVALO

Não é difícil alguém se interessar e se envolver com uma cultura diferente da sua. A literatura e o cinema estão cheios de histórias de aculturação. Se você gostou de Dança Com Lobos ou de Avatar, pode ter certeza, eles devem muito a Um Homem Chamado Cavalo. Dirigido em 1970 por Elliot Silverstein, este faroeste nos conta a saga de John Morgan (Richard Harris), um inglês que é capturado pela tribo de índios Sioux. O roteiro de Jack DeWitt adapta um conto escrito por Dorothy M. Johnson, que mostra o processo de aculturamento de Morgan. Ele é presenteado à mãe do chefe (Judith Anderson), para trabalhar como seu criado. Porém, aos poucos, fica fascinado pelo modo de vida de seus captores e se apaixona por uma das nativas. Mas, para ser aceito pelos Sioux, ele precisa passar pelo ritual do Voto do Sol. Um Homem Chamado Cavalo fez muito sucesso quando de seu lançamento. Era um período difícil para o gênero e a abordagem dado pelo filme trouxe um certo ar de novidade. Deve-se levar em conta que o western americano passava por um processo de tentativa de renovação. Tudo isso, provocado pela revolução feita em meados dos anos 1960 pelo italiano Sergio Leone e sua trilogia dos dólares. Richard Harris ficou marcado durante muitos anos por este papel e voltou a “vestir a pele” de Morgan em duas continuações, ambas inferiores: O Retorno do Homem Chamado Cavalo, de 1976, e O Triunfo de Um Homem Chamado Cavalo, de 1983.

UM HOMEM CHAMADO CAVALO (A Man Called Horse – EUA 1970). Direção: Elliot Silverstein. Elenco: Richard Harris,  Judith Anderson , Jean Gascon ,  Manu Tupou , Dub Taylor, Corinha Tsopei  e James Gammon. Duração: 120 minutos. Distribuição: Paragon Multimidia. 

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