O estrondoso sucesso de Tubarão, dirigido em 1975 por Steven Spielberg, gerou uma série de imitações e filmes que procuraram se aproveitar do medo que vinha do mar ou das águas. Nos anos seguintes tivemos Orca: A Baleia Assassina, O Fundo do Mar, a sátira brasileira Bacalhau e este Piranha, segundo longa de Joe Dante, feito em 1978 e produzido pelo lendário Roger Corman. Tudo começa quando a investigadora Maggie McKeown (Heather Menzies-Urich) é contratada para descobrir o paradeiro de duas pessoas desaparecidas. Em sua busca ela conhece Paul Grogan (Bradford Dillman), que vive num acampamento de verão próximo a um complexo militar onde fazem experiências com animais e peixes. Entre eles, piranhas mutantes assassinas que acabam escapando para uma lagoa da região. O roteiro de John Sayles parte de uma premissa absurda, porém muito divertida, e a direção criativa de Dante faz milagre com um orçamento dos mais enxutos e o faturamento nas bilheterias foi mais do que satisfatório. Em tempo: a Universal, estúdio produtor de Tubarão, quis processar Corman, mas desistiu da ideia após Spielberg ter assistido ao filme e adorado. Ele disse na época que Piranha era o melhor “derivado” de seu filme.
PIRANHA (EUA/Japão 1978). Direção: Joe Dante. Elenco: Bradford Dillman, Heather Menzies-Urich, Kevin McCarthy, Keenan Wynn, Dick Miller, Barbara Steele, Belinda Balaski, Melody Thomas Scott, Bruce Gordon e Paul Bartel. Duração: 94 minutos. Distribuição: New World Pictures/Looke.
