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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

FAUSTO

F.W. Murnau, em apenas cinco anos, se tornou um cineasta respeitado em todo o mundo por sua criatividade e incrível habilidade para contar histórias. Entre 1921 e 1926 ele dirigiu quatro obras incontestáveis: O Castelo Vogelöd, Nosferatu, A Última Gargalhada, Tartufo e este Fausto. Com roteiro de Gerhart Hauptmann e Hans Kyser e tendo por base a clássica peça de Goethe, Murnau conta aqui a história de um pacto entre o alquimista Faust (Gösta Ekman) e ninguém menos que Mefistófeles (Emil Jannings). Para ter a juventude de volta ele promete sua alma ao diabo. O sucesso de seus filmes anteriores permitiu que Murnau conseguisse um orçamento generoso para a produção de Fausto. E ele fez um uso excelente do dinheiro que recebeu. Último filme dirigido por ele na Alemanha, logo depois do lançamento ele foi convidado para trabalhar em Hollywood, onde veio a realizar aquela que muitos consideram sua obra máxima: Aurora. Se engana quem pensar ser Fausto um filme de terror. Claro que elementos desse gênero estão presentes, porém, a genialidade de Murnau transforma tudo em algo muito maior e mais abrangente, inserindo humor e poesia em imagens que parecem pinturas barrocas de tão expressionistas que são e utilizando com inteligência e sagacidade efeitos especiais que continuam impactantes. Realmente, coisa de gênio.

FAUSTO (Faust: Eine Deutsche Volkssage – Alemanha 1926). Direção: F.W. Murnau. Elenco: Gösta Ekman, Emil Jannings, Camilla Horn, William Dieterle, Hanna Ralph e Werner Fuetterer. Duração: 85 minutos. Distribuição: Obras-Primas do Cinema.

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