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CABRA-CEGA

Toni Venturi é o que se costuma chamar de “artista engajado”. Ele iniciou a carreira em meados dos anos 1980 dirigindo curtas-metragens. A estreia em longas acontece em 1997 com o documentário O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes. Quatro anos depois dirigiu seu primeiro longa de ficção, Latitude Zero. Em 2004 realiza seu trabalho mais ambicioso, Cabra-Cega. O filme começa com imagens de arquivo que estabelecem, logo no início, o conflito que existe entre o sonho da revolução e a realidade da repressão. Com roteiro escrito por Di Moretti, a partir de um argumento de Fernando Bonassi, Roberto Moreira e Victor Navas, o diretor Venturi traça um painel bem construído da vida clandestina de rebeldes brasileiros no começo dos anos 1970, período mais pesado da ditadura militar. Thiago (Leonardo Medeiros), é um militante da luta armada. Ele vive escondido no apartamento de Pedro (Michel Bercovitch). Além dos dois, temos também Mateus (Jonas Bloch), o dirigente da organização a qual Thiago pertence, e Rosa (Débora Duboc), que faz a ligação entre o mundo “oculto” e o externo. Cabra-Cega não é maniqueísta nem simpatiza com os revolucionários. Ele se equilibra em uma linha muito tênue e se limita a contar bem sua história. Venturi conduz sua trama com segurança e paixão. E isso, faz toda a diferença.
CABRA-CEGA (Brasil 2004). Direção: Toni Venturi. Elenco: Leonardo Medeiros, Débora Duboc, Jonas Bloch, Michel Bercovitch, Bri Fiocca, Odara Carvalho, Milhem Cortaz, Renato Borghi, Walter Breda e Elcio Nogueira. Duração: 107 minutos. Distribuição: Europa Filmes.

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