Antes de se envolver com a sétima arte, o diretor americano Budd Boetticher atuou em muitas frentes, entre elas, foi toureiro. E foi justamente a paixão por touros que o levou ao cinema, quando foi contratado como consultor técnico de Rouben Mamoulian, para o filme Sangue e Areia, de 1941. Três anos depois, ele já estava dirigindo e se destacou na segunda metade da década de 1950, período em que realizou sete faroestes estrelados pelo ator Randolph Scott. Esta série de filmes é conhecida como Ciclo Ranown, pois foram produzidos por Randolph Scott e Harry Joe Brown. O nome vem das três primeiras letras de um, mais as três últimas do outro. O Resgate do Bandoleiro, de 1957, faz parte deste grupo e é considerada a obra-prima do diretor. Com roteiro de Burt Kennedy, baseado em uma das primeiras histórias escritas por Elmore Leonard, acompanhamos aqui a trajetória de um rancheiro (Scott). Após ele perder seu cavalo, viaja em uma diligência que é atacada por bandidos. Em O Resgate do Bandoleiro, honra e vingança, temas recorrentes na filmografia de Boetticher, se fazem presentes. Em enxutíssimos 78 minutos o diretor trabalha de maneira eficiente o comportamento multifacetado de cada personagem. Sem fugir dos elementos clássicos de um bom faroeste. E isso não é pouco.
O RESGATE DO BANDOLEIRO (The Tall T – EUA 1957). Direção: Budd Boetticher. Elenco: Randolph Scott, Richard Boone, Maureen O’Sullivan e Henry Silva. Duração: 78 minutos. Distribuição: Versátil.
