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O BRILHO DE UMA PAIXÃO

A roteirista e diretora neozelandesa Jane Campion gosta de trabalhar histórias que une pessoas de extremos opostos. Tema recorrente em sua carreira, O Brilho de Uma Paixão, que ela escreveu e dirigiu a partir da biografia Keats, de autoria de Andrew Motion, não foge à regra. Tudo acontece no ano de 1818, quando o irmão do poeta John Keats (Ben Whishaw) fica doente, a vizinha deles, Fanny Brawne (Abbie Cornish), oferece ajuda. John se aproxima dizendo querer ensinar-lhe poesia. Antes que família e amigos percebam e possam intervir, os dois se descobrem perdidamente apaixonados. Campion utiliza a diferença que existe entre as classes sociais do casal para analisar o comportamento da sociedade do século XIX. É interessante perceber como a diretora trabalha alguns elementos visuais na trama para reforçar o estado de espírito das personagens. Cenários e figurinos têm papel fundamental na história, sem contar a fotografia, que “dança” de acordo a turbulência do romance. Keats não tinha dinheiro. Ainda não era o poeta reconhecido que veio a ser mais tarde. E isso, naquela época e naquele contexto social, fazia toda a diferença.
O BRILHO DE UMA PAIXÃO (Bright Star – Austrália/França/Inglaterra 2009). Direção: Jane Campion. Elenco: Abbie Cornish, Ben Whishaw, Thomas Sangster, Paul Schneider, Kerry Fox e Edie Martin. Duração: 119 minutos. Distribuição: PlayArte.

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