Quarto longa de ficção do roteirista e diretor espanhol Pablo Berger, Meu Amigo Robô é a primeira animação que ele realiza. O roteiro, adaptado pelo diretor, tem por base a história-em-quadrinhos homônima criada pela norte-americana Sara Varon e publicada em 2007. Tudo acontece na década de 1990, na cidade de Nova York, onde somos apresentados ao cachorro Dog. Ele se sente cansado e solitário. Por conta disso decide comprar um robô para lhe fazer companhia. A partir daí sua vida muda por completo, especialmente ao som de September, do Earth, Wind and Fire. No entanto, no último dia do verão, algo inesperado acaba acontecendo e a vida de Dog e de seu inseparável amigo sofre um revés. Meu Amigo Robô é uma animação essencialmente cinematográfica, ou seja, vemos imagens em movimento que nos contam a história, sem fazer uso de diálogos. Apenas uma bem sacada trilha sonora. Há também referências a filmes icônicos de ficção-científica. Cinéfilos mais atentos conseguirão identificá-las. No mais, temos aqui a tocante jornada de duas (ou seriam três?) almas, se é que podemos dizer assim, que se encontram e se completam nesse belo relato sobre a força do amor, da amizade e da esperança. Em tempo: o filme recebeu uma indicação ao Oscar 2024 na categoria de melhor animação.
MEU AMIGO ROBÔ (Robot Dreams – Espanha/França 2023). Direção: Pablo Berger. Animação. Duração: 102 minutos. Distribuição: Imovision.