No dia 28 de agosto de 1963 aconteceu na capital dos Estados Unidos, a Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade. Uma manifestação política liderada por Martin Luther King e organizada pelo ativista Bayard Rustin. O objetivo era o fim da segregação racial sofrida pela população negra no país. 250 mil pessoas participaram pacificamente da marcha e esse é o ápice da cinebiografia Rustin, dirigida por George C. Wolfe, a partir de um roteiro de Julian Breece e Dustin Lance Black. À frente do elenco, Colman Domingo, que interpreta o papel-título com carismática intensidade que fica impossível não torcer por ele da primeira à última cena. Produzido pelo casal Barack e Michelle Obama, esse é o primeiro longa realizado dentro do acordo deles com a Netflix. Os demais eram todos documentários. A trajetória de Rustin possui todos os elementos de uma grande história. Assumidamente gay, em uma época em que isso era considerado crime em muitos estados, ele sofreu duplo preconceito por conta da cor de sua pele e de seu orientação sexual. O recorte feito aqui pelo roteiro é preciso em destacar as muitas qualidades desse importante defensor dos Direitos Humanos em um momento crucial de sua luta por igualdade e respeito. Em tempo: o filme recebeu uma indicação ao Oscar 2024 de melhor ator para Colman Domingo.
RUSTIN (EUA 2023). Direção: George C. Wolfe. Elenco: Colman Domingo, Chris Rock, Glynn Turman, Aml Ameen, Gus Halper, Johnny Ramey, CCH Pounder, Michael Potts, Audra McDonald, Lilli Kay e Jeffrey Wright. Duração: 106 minutos. Distribuição: Netflix.