A Sony Pictures é detentora dos direitos cinematográficos do Homem-Aranha e de todo o universo de personagens ligados a ele. Ao longo dos últimos 22 anos o estúdio produziu dez longas, sendo duas animações, com o aracnídeo. Para faturar o máximo possível com essa “mina de ouro”, outras figuras secundárias desse universo tiveram seus filmes solo, como Venom, Morbius e agora Madame Teia. A direção é de S.J. Clarkson, estreante no cinema após uma bem-sucedida carreira na televisão onde dirigiu episódios das séries Succession, Vinyl, Dexter e House, além de Jessica Jones e Os Defensores, ambos da Marvel. O roteiro de Matt Sazama, Burk Sharpless e Claire Parker nos revela a personagem-título, que tem o poder de prever o futuro. Vivida pela atriz Dakota Johnson, ela surge nas telas de uma maneira diferente das HQs. Até aí, tudo bem, afinal, trata-se de um “filme de origem”. O problema não é esse. Madame Teia “atira sua rede”, com perdão do trocadilho, em muitas direções ao apresentar simultaneamente outras três futuras heroínas do universo do “melhor amigo da vizinhança”. No entanto, falta criatividade e coragem para produzir algo realmente grandioso ou no mínimo decente. Temos aqui mais um filme genérico de “boneco”, ou melhor “bonecas”, enfrentando um vilão “qualquer coisa” em uma historinha boba que não consegue dizer em momento algum a que veio. No final, só nos resta “subir pelas paredes” de tanta raiva.
MADAME TEIA (Madame Web – EUA 2024). Direção: S.J. Clarkson. Elenco: Dakota Johnson, Sydney Sweeney, Isabela Merced, Celeste O’Connor, Tahar Rahim, Emma Roberts, Adam Scott, Zosia Mamet e Kerry Bishé. Duração: 117 minutos. Distribuição: Sony.