Primeiro veio o romance O Bebê de Rosemary, de Ira Levin, publicado em 1967. Já no ano seguinte Roman Polanski o adaptou para o cinema com sucesso. Em 2014 tivemos uma minissérie dessa mesma história feita para a TV. Agora, com Apartamento 7A, dirigido em 2024 por Natalie Erika James, temos uma história que acontece pouco antes dos eventos da trama original. Inclusive, Rosemary e Guy Woodhouse fazem uma breve aparição. O roteiro, escrito pela própria diretora ao lado de Christian White e Skylar James, nos apresenta a jovem Terry Gionoffrio (Julia Garner), uma bailarina que aspira ao estrelato dançando em um musical da Broadway. Ela sofre uma lesão no pé e acaba sendo acolhida pelo casal Minnie (Dianne Wiest) e Roman Castevet (Kevin McNally), que moram no luxuoso edifício Bramford. Terry aceita morar no apartamento que dá título ao filme, onde, tempos depois, descobre estar grávida e passa a ter visões terríveis. Essencialmente, o que vemos em Apartamento 7A é muito parecido com o que é contado no filme de Polanski. Na prática, temos aqui uma espécie de segunda tentativa de trazer o anticristo ao mundo. Não é ruim, mas também não traz nada de novo que justifique sua existência. Melhor ver ou rever o original.
APARTAMENTO 7A (Apartment 7A – EUA 2024). Direção: Natalie Erika James. Elenco: Julia Garner, Dianne Wiest, Jim Sturgess, Marli Siu, Kevin McNally, Andrew Buchan, Rosy McEwen e Tina Gray. Duração: 107 minutos. Distribuição: Paramount+.