Existem pelo menos seis versões para cinema e algumas outras para televisão de Anna Karenina, romance clássico do russo Leon Tolstoi. O cineasta inglês Joe Wright já havia adaptado dois romances: Orgulho e Preconceito, em 2005, e Desejo e Reparação, em 2007. Ambos estrelados pela atriz Keira Knightley. Em 2012, Wright decidiu levar novamente às telas uma das personagens femininas mais populares da literatura universal e, a partir de um roteiro escrito por Tom Stoppard, temos uma nova versão de Anna Karenina. No papel título, a atriz fetiche do diretor, Keira Knightley. A trama é das mais conhecidas. Anna é casada com o rico Alexei Karenin (Jude Law). Durante uma viagem, ela conhece Vronsky (Aaron Taylor-Johnson). Apesar da forte atração que sente por ele, Anna se afasta e volta para sua cidade. Porém, Vronsky vai atrás dela e isso muda sua vida completamente. Wright pretendia fazer um filme grandioso. O apertado orçamento terminou por dificultar a execução do plano original. Isso, no entanto, ao invés de representar um problema, acabou provocando uma mudança radical na estrutura narrativa do filme. O diretor decidiu transformar sua versão de Anna Karenina em um grande teatro vivo. Ao fazer um uso inteligente e racional dos cenários, Wright nos apresenta uma obra dinâmica e diferente de todas as outras adaptações. Alguns espectadores poderão torcer o nariz. Mas, não há como ficar indiferente ao experimento proposto pelo cineasta.
ANNA KARENINA (Anna Karenina – Inglaterra 2012). Direção: Joe Wright. Elenco: Keira Knightley, Jude Law, Aaron Taylor-Johnson, Kelly MacDonald, Matthew Macfadyen, Theo Morrissey, Cecily Morrissey, Freya Galpin e Eric MacLennan. Duração: 129 minutos. Distribuição: Universal.
Uma resposta
Não vi todas as versões anteriores, porém, esta creio ser a mais intrigante. O passeio da câmera é como um baile que nos embriaga, seduz e encanta.