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A ÚLTIMA GARGALHADA

O Expressionismo Alemão é o mais antigo movimento cinematográfico e talvez o mais influente de todos. Fritz Lang e F. W. Murnau são os cineastas de maior destaque do movimento. Dentre os dois, Murnau, que morreu muito novo, aos 42 anos, se encaixa com perfeição na frase dita por Tyrell para Roy, em Blade Runner: “a luz que queima duas vezes mais brilhante queima metade do tempo”. Sua carreira foi breve, porém, intensa e marcante, tendo realizado pelo menos cinco obras-primas. Uma delas é A Última Gargalhada, que ele dirigiu em 1924, a partir do roteiro de Carl Mayer. O filme conta a história do porteiro de um luxuoso hotel (Emil Jannings), que por conta de sua avançada idade, é transferido de função e passa a trabalhar no banheiro masculino do lugar. Isso balança por completo sua estrutura emocional. Murnau é um dos mestres do cinema mudo e experimenta aqui uma ousada narrativa. A Última Gargalhada é considerado por alguns estudiosos o filme mais expressionista do movimento expressionista. Sem esquecer que, além do soberbo desempenho de Jannings, há aqui também uma sutil crítica ao capitalismo. E olha que estamos falando de uma obra que tem quase 100 anos. É desse tipo de material de visão revolucionária que nascem os clássicos.

A ÚLTIMA GARGALHADA (Der Letzte Mann – Alemanha 1924). Direção: F. W. Murnau. Elenco: Emil Jannings, Maly Delschaft, Max Hiller e Emilie Kurz. Duração: 77 minutos. Distribuição: Obras-Primas do Cinema.

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