O ator francês Daniel Auteuil começou sua carreira na televisão em meados dos anos 1970. Rapidamente, passou a atuar no cinema e, ao longo das décadas seguintes, participou dos principais filmes produzidos em seu país. Quando decidiu estrear como diretor, escolheu um romance de Marcel Pagnol, A Filha do Pai, e adaptou ele próprio o roteiro. A história se passa no final dos anos 1930 e gira em torno de Patrícia (Astrid Bergès-Frisbey), uma jovem que se apaixona pelo piloto de caça Jacques (Nicolas Duvauchelle). Ele vai lutar na guerra e ela descobre que está grávida. O drama se estabelece por conta da diferença de classe social entre os dois. Mas, como em quase todas as histórias criadas por Pagnol, o destina se encarrega de pregar belas peças nas pessoas. A Filha do Pai é aquele tipo de filme que não esconde sua origem romântica. E o ator-roteirista-diretor Auteuil, que aqui interpreta o pai de Patrícia, não foge dos clichês típicos do gênero. Porém, eles se encaixam de maneira tão perfeita na trama que fica difícil não “embarcar” na história.
A FILHA DO PAI (La Fille du Puisatier – França 2011). Direção: Daniel Auteuil. Elenco: Daniel Auteuil, Kad Merad, Sabine Azéma, Jean-Pierre Darroussin, Astrid Bergès-Frisbey, Nicolas Duvauchelle e Marie-Anne Chazel. Duração: 107 minutos. Distribuição: Europa Filmes.