Em pouco mais de duas décadas de carreira no audiovisual, o norte-americano Michael Mohan já dirigiu sete curtas, duas séries de TV e quatro longas. Em 2021 ele escreveu e dirigiu Observadores, que tinha à frente do elenco a atriz Sidney Sweeney, com quem volta a trabalhar neste seu longa seguinte, Imaculada, de 2024. O roteiro de Andrew Lobel nos apresenta a jovem irmã Cecilia (Sweeney), que chega a um secular convento localizado na zona rural italiana para realizar seus votos e tornar-se freira. No entanto, ela começa a perceber que aquele local é palco de estranhos acontecimentos e isso culmina com a descoberta de sua misteriosa gravidez, daí o título do filme. Temos aqui uma trama que nos remete, de imediato, ao recente A Primeira Profecia, pelo fato de termos uma noviça grávida dentro de um convento na Itália. Porém, as semelhanças param aí. O roteiro de Lobel e a forma como Mohan conduz a narrativa levam a história por um caminho que segue semelhante até certo ponto, e então dá uma guinada para outro lado bem distante da jornada da mãe de Damien Thorne. Esse roteiro fora apresentado à atriz em 2014, quando ela tinha 17 anos. Na época não deu certo a produção. Quase dez anos depois, Sweeney foi atrás dele para comprar os direitos, contratou o diretor e conseguiu levantar o dinheiro necessário para que o filme fosse realizado. Imaculada não tem tantos sustos assim, mas apresenta uma abordagem nova para esse tipo de história e isso, em um gênero que já viu de um tudo, é bastante interessante.
IMACULADA (Immaculate – EUA 2024). Direção: Michael Mohan. Elenco: Sydney Sweeney, Álvaro Morte, Simona Tabasco, Benedetta Porcaroli, Giorgio Colangeli, Dora Romano e Giampiero Judica. Duração: 89 minutos. Distribuição: Diamond Films.
