Em 1995, 15 anos depois de lançar O Menino Maluquinho, Ziraldo presenteou seu público com Uma Professora Muito Maluquinha. A única ligação existente entre as obras é o fato de ter “maluquinho(a)” no título. Mas há algo em comum: o prazer pela brincadeira e pela curiosidade. Assim como as histórias do menino chegaram ao cinema em dois longas, em 2011 foi a vez de levar a professora Catharina para a telona. Com direção de André Alves Pinto e César Rodrigues, a partir de um roteiro de Maria Gessy, o filme traz Paolla Oliveira no papel-título. A ação se passa no interior de Minas Gerais, na primeira metade da década de 1940. Catharina volta à sua cidade natal após estudar fora e passa a lecionar na escola primária local. Sua presença e suas ideias progressistas alteram a rotina não apenas daquela instituição de ensino, mas também e principalmente, da conservadora sociedade do lugar. Não espere um filme arrebatador. Apesar do potencial existente, Uma Professora Muito Maluquinha segue uma cartilha das mais convencionais. Mas o que vale aqui é a lição de amor à leitura, ao estudo, à tolerância e ao amor pela cultura. Lições que quando aprendidas permanecem conosco para a vida toda. Se isso é ser “maluco”, eu sou maluco também.
UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA (Brasil 2011). Direção: André Alves Pinto e César Rodrigues. Elenco: Paolla Oliveira, Chico Anysio, Suely Franco, Joaquim Lopes, Ricardo Pereira, Max Fercondini, Rodrigo Pandolfo e Elisa Pinheiro. Duração: 90 minutos. Distribuição: Netflix.