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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

SALMO VERMELHO

Miklós Jancsó é um dos mais importantes cineastas húngaros. Seus principais trabalhos foram realizados ao longo dos anos 1960 e 1970. Formado em Cinema pela Escola Superior de Cinema de Budapeste, Jancsó antes havia se graduado em Direito. Talvez essa mistura tenha dado um contorno tão engajado aos filmes que dirigiu. Salmo Vermelho, de 1972, é um de seus filmes mais conhecidos. O roteiro de Gyula Hernádi conta a história de um grupo de trabalhadores rurais da Hungria que no período pós-guerra lutam pelo direito a dignidade. Eles querem ser plenamente livres e se valem do ideal socialista e da música para lutar por aquilo que defendem e acreditam. A conotação política é evidente nas obras de Jancsó e em Salmo Vermelho ela atinge um grau de arte e beleza. Aqui, tudo funciona de maneira harmônica a favor da idéia de sociedade que o filme abraça. A integração entre os movimentos de câmara, os figurinos (ou a ausência deles), as cores, os espaços onde a ação acontece e o posicionamento dos atores destacam uma visão de mundo pró-socialismo bem definida. Não por acaso, o diretor foi premiado com a Palma de Ouro de direção no Festival de Cannes de 1972. Salmo Vermelho pode até não ser tão “cabeça” assim. Mas, tem todos os elementos para “fazer sua cabeça”.
SALMO VERMELHO (Még Kér A Nép – Hungria 1972). Diretor: Miklós Jancsó. Elenco: Lajos Balazsovits, András Bálint, Andrea Ajtony, András Ambrus e István Bujtor. Duração: 87 minutos. Distribuição: Lume.

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