A vida de uma pessoa sempre toca a vida de uma outra. As palavras, estas então, possuem um poder que muitos desconhecem. No filme O Pescador de Ilusões somos apresentados ao radialista Jack Lucas (Jeff Bridges). Ele está no auge, afinal, seu programa de rádio tem uma excelente audiência e querem que ele faça uma série para a televisão. Jack pensa até em escrever uma autobiografia. Os ouvintes ligam para a rádio para conversar com ele e pedir conselhos. Certo dia, a receber uma das muitas ligações diárias, Jack ouve o relato de Edward e faz um comentário infeliz. Como resultado, a vida de Jack vira do avesso e ele cai em desgraça. Três anos depois ele conhece Parry (Robin Williams), um mendigo alucinado que planeja resgatar o Cálice Sagrado em plena Nova Iorque. Ao descobrir o passado de Parry, o quase suicida Jack vislumbra uma chance de redenção. A partir do roteiro original de Richard LaGravenese, o diretor Terry Gilliam mistura drama, humor, tragédia, romance e a lenda do Rei Arthur. Parece uma salada meio disforme, no entanto, de maneira hábil e sensível, Gilliam “costura” sua história magnificamente. Além de Bridges e Williams, ambos em grande forma, o elenco conta ainda com a estupenda Mercedes Ruehl, no papel de lhe valeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1992. Eu gosto de Nova Iorque em junho. E você?