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O HOMEM DUPLICADO

Gosto de filmes que terminam e continuam com a gente. Daqueles que nos incomodam enquanto o vemos. Do tipo que não conseguimos parar de pensar e falar sobre ele depois que os créditos finais sobem. O Homem Duplicado, dirigido pelo canadense Denis Villeneuve, o mesmo dos excelentes Incêndios e Os Suspeitos, faz parte deste grupo especial. O roteiro de Javier Gulló adapta o romance homônimo do escritor português José Saramago. A história se passa em um lugar não claramente identificado. Adam (Jake Gyllenhaal) é um professor de História que leva uma vida cheia de rotinas e aparentemente vazia. Certo dia ele, vendo um filme em casa, se dá conta que um dos figurantes é muito parecido consigo. Intrigado com aquela coincidência, Adam fica obcecado e termina por descobrir que sua “cópia” é ator e atende pelo nome de Anthony. O Homem Duplicado, convém alertar, não é uma obra fácil. Angustiante, já a partir da primeira cena, a narrativa de Villeneuve é intricada. Com sua estrutura não-linear, a trama se arma como uma teia de aranha. Falando nisso, existe aqui uma forte simbologia que utiliza aranhas, de vários tamanhos, como metáfora. Além, é claro, de um aracnídeo gigante que aparece “passeando” pela cidade. No final, resta um complexo quebra-cabeça que cabe a nós, espectadores, montar. E isso é muito bom.
O HOMEM DUPLICADO (Enemy – Canadá/Espanha 2013). Direção: Denis Villeneuve. Elenco: Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent, Sarah Gadon, Isabella Rossellini, Joshua Peace, Tim Post, Kedar Brown e Darryl Dinn. Duração: 90 minutos. Distribuição: Imagem Filmes.

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