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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O GRITO

Quem conhece a história do cineasta italiano Michelangelo Antonioni sabe que ele tornou-se conhecido mundialmente a partir da chamada Trilogia da Incomunicabilidade. Lançados em 1960, 1961 e 1962, os filmes A Aventura, A Noite e O Eclipse deram ao diretor o status de gênio. Ele, que era contemporâneo dos neo-realistas, não obteve de imediato o mesmo prestígio que seus colegas Roberto Rossellini e Luchino Visconti. O Grito, de 1957, que ele dirigiu e escreveu, junto com Elio Bartolini e Ennio De Concini, pode ser considerado um precursor da trilogia que lhe daria fama. Tudo começa quando Aldo (Steve Cochran), abandona sua amante Irma (Alida Valli) e leva com ele a pequena filha do casal. Viajando sem rumo, ele se envolve com duas mulheres: Elvia (Betsy Blair) e Edera (Gabriella Pallota). Depois, termina voltando para Irma e algo inesperado acontece. Antonioni sempre gostou de mostrar em seus filmes belas paisagens em contraste com o vazio da alma humana. Esse talvez seja um traço recorrente de boa parte de sua filmografia e está presente com muita força e originalidade em O Grito. Uma curiosidade: este é um dos filmes que Alfredo e Totó exibem para o público na praça em Cinema Paradiso.
O GRITO (Il Grido – Itália 1957). Direção: Michelangelo Antonioni. Elenco: Steve Cochran, Alida Valli, Betsy Blair, Gabriella Pallota, Dorian Gray, Lynn Shaw e Mirna Girardi. Duração: 116 minutos. Distribuição: Versátil.

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