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MILK: A VOZ DA IGUALDADE

O cineasta Gus Van Sant sempre foi um artista defensor de ideias e possuidor de um apurado senso de realidade. Ao longo de sua carreira ele realizou filmes que tratam dos mais diversos e polêmicos temas, porém, nunca foi panfletário. Seu foco maior sempre foi as personagens e suas histórias. A vida do ativista gay Harvey Milk, conhecido também como o “Prefeito da Rua Castro”, já esteve nos planos de outros cineastas. Ele foi o primeiro homossexual assumido eleito para um cargo público nos Estados Unidos. O roteiro escrito por Dustin Lance Black retrata o período que começa em 1972, quando Milk ainda morava em Nova York, até seu assassinato em São Francisco seis anos depois. Van Sant mistura cenas filmadas com atores com imagens de arquivo e junto com seu diretor de fotografia, Harris Savides, dá ao filme um tom de cor comum nos anos 1970. A reconstituição de época é rica em detalhes, em especial nas roupas e nos cortes de cabelo. O elenco inteiro brilha em cena e Sean Penn, que faz o papel principal, consegue brilhar mais ainda ao compor um Harvey Milk carregado de paixão, honestidade, coragem e humanidade sem nunca cair na pieguice ou na caricatura. Milk: A Voz da Igualdade, pelo fato de não “levantar bandeiras”, tem também uma outra característica muito importante: ele defende toda e qualquer luta pela igualdade de direitos. Sejam eles dos homossexuais, das mulheres, dos negros ou dos imigrantes. Qualquer outra luta se encaixaria em seu roteiro. Está aí a autêntica “voz da igualdade” que Gus Van Sant conduz como poucos.
MILK: A VOZ DA IGUALDADE (Milk – EUA 2008). Direção: Gus Van Sant. Elenco: Sean Penn, Emile Hirsch, Josh Brolin, James Franco, Diego Luna, Alison Pill, Victor Garber e Danis O’Hare. Duração: 126 minutos. Distribuição: Universal.

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Respostas de 4

  1. Me lembro do discurso do Sean Penn ao vencer o SAG Awards: “Não interpretamos gays, lésbicas ou heterossexuais. Interpretamos seres humanos”.
    Belíssimo filme, com belíssimas interpretações.
    Antes de ser um “filme gay” é um filme sobre preconceitos, sejam eles quais forem.

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