Último filme dirigido pelo cineasta britânico Adrian Lyne, famoso nos anos 1980 e 1990 por seus filmes polêmicos e de forte conotação sexual, Infidelidade, feito em 2002, não foge aos temas recorrentes do diretor. Refilmagem de Stephane, título nacional de La Femme Infidèle, escrito e dirigido em 1969 pelo francês Claude Chabrol, esta versão americana teve o roteiro adaptado por Alvin Sargent e William Broyles Jr. A ação acontece em um subúrbio de Nova York. É lá que Connie Sumner (Diane Lane) leva uma vida segura e feliz ao lado de seu marido Edward (Richard Gere) e de seu filho Charlie (Erik Per Sullivan). Nada parece abalar esse sólido casamento, até o dia em que ela conhece Paul Martel (Olivier Martinez). A paixão entre os dois é arrebatadora e altera o comportamento de Connie, gerando suspeitas em Edward. O curioso aqui é a mudança do foco da traição. Na maioria dos filmes que tratam desse tema, a traição costuma ser do homem. Na época de sua estreia, Infidelidade foi chamado de cópia invertida de Atração Fatal, grande sucesso que Lyne havia dirigido 15 anos antes. Trata-se de uma comparação injusta. Para dizer o mínimo. Infidelidade se sustenta por si só e tem Diane Lane em um dos papéis mais marcantes de sua carreira.
INFIDELIDADE (Unfaithful – EUA 2002). Direção: Adrian Lyne. Elenco: Diane Lane, Richard Gere, Olivier Martinez, Michelle Monaghan, Chad Lowe, Myra Lucretia Taylor, Erik Per Sullivan, Erich Anderson e Damon Gupton. Duração: 124 minutos. Distribuição: Fox.
