O roteirista e diretor argentino Demián Rugna está acostumado com o fantástico em seus filmes. Seja realizando curtas ou longas de ficção-científica, comédia e terror. O Mal Que Nos Habita, que ele escreveu e dirigiu em 2023, “abraça” com gosto o horror e nos leva a uma pequena cidade do interior da Argentina. É lá que vivem os irmãos Pedro (Ezequiel Rodríguez) e Jimi (Demián Salomón). Eles descobrem que um homem da região está infectado pelo diabo. A qualquer hora um demônio nascerá. Em total desespero os dois fogem do local e tentam alertar amigos e familiares. Mas será que ainda é possível evitar que o mal se instale? Talvez. Desde que as sete regras para lidar com os apodrecidos e possuídos sejam respeitadas: 1) não usar luz elétrica; 2) ficar longe de animais; 3) não machucá-los; 4) não levar nada para perto deles; 5) nunca pronunciar os nomes do demônio; 6) nunca usar armas de fogo; e 7) não temer a morte. Rugna criou uma mitologia própria em O Mal Que Nos Habita e deixou seu roteiro recheado de possibilidades para o surgimento de uma nova franquia de terror. E o melhor, utilizando elementos das culturas religiosa e pagã latino-americanas. Os fãs do gênero não terão do que reclamar. Que venham mais filmes assim.
O MAL QUE NOS HABITA (Cuando Acecha la Maldad – Argentina 2023). Direção: Demián Rugna. Elenco: Ezequiel Rodríguez, Demián Salomón, Silvina Sabater, Luis Ziembrowski, Marcelo Michinaux, Emilio Vodanovich e Virginia Garófalo. Duração: 100 minutos. Distribuição: Paris Filmes.