Se você gosta de filmes que tratam de viagem no tempo, beleza. Se além disso, você, assim como eu, gosta de O Feitiço do Tempo, então é quase certo afirmar que No Limite do Amanhã vai te agradar. Este filme, dirigido por Doug Liman, o mesmo de A Identidade Bourne, tem como premissa um dia que se repete continuamente. O roteiro, escrito por Christopher McQuarrie, Jez Butterworth e John Henry Butterworth, tem por inspiração o romance All You Need Is Kill, de Hiroshi Sakurazaka. Tudo acontece em um futuro próximo. A Terra está tomada por uma raça alienígena. O responsável pelo departamento de relações públicas das Forças Armadas, Bill Cage (Tom Cruise), é obrigado a lutar como soldado. Para sua surpresa, ele descobre que está preso no tempo, ou melhor, ele morre e revive o mesmo dia todos os dias. Com a ajuda da oficial e heroína Rita Vrataski (Emily Blunt), ele acredita poder reverter a desvantagem frente aos invasores. Histórias como esta são perigosas, pois, as cenas são repetidas continuamente e, nas mãos de um cineasta pouco talentoso, correm o risco de ficarem iguais. Liman é um diretor habilidoso. Sua filmografia comprova isso. Ele não é aquele tipo de “autor”, com assinatura, marca e coisas do gênero. Mas, é criativo e sabe como contar uma história. No Limite do Amanhã é mais uma prova de seu talento narrativo.