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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

LOLA

Se você nunca tiver assistido a um filme filipino, o que é bem provável, Lola é um bom começo. Dirigido por Brillante Mendoza, maior expoente do cinema feito em Manila. Formado em Arquitetura e Artes, Mendoza iniciou sua carreira em 2005 e vem se revelando um diretor talentoso e profícuo. Lola significa “avó”, no idioma falado nas Filipinas. O roteiro, escrito por Linda Casimiro, conta a história de Lola Sepa (Anita Linda) e Lola Puring (Rustica Carpio). As duas se vêm ligadas por conta de uma tragédia. Ambas fazem tudo para defender seus netos. Um deles foi assassinado e o outro é acusado pelo crime. Caberá às avós resolver esse dilema. Elas vivem em uma das áreas mais pobres de Manila e carregam o peso da idade e, com isso, toda a responsabilidade e respeito que advêm dos muitos anos de vida que possuem. O cinema feito por Mendoza pode ser classificado como um “cinema de urgência”. Ele utiliza câmaras digitais, o que lhe permite grande mobilidade. A maneira como ele conduz a narrativa mistura documentário com ficção. Não porque ele use imagens de arquivos, mas, por conta dos movimentos e dos posicionamentos de câmara que chegam em alguns momentos a nos atordoar, tal o grau de veracidade que eles transmitem. Comovente e inspirado, Lola confirma o talento desse cineasta que vem colecionando prêmios em diversos pelo mundo. Se você ainda não o conhece, não perca tempo.
LOLA (Lola – Filipinas/França 2009). Direção: Brillante Mendoza. Elenco: Anita Linda, Rustica Carpio, Tanya Gomez, Jhong Hilario, Ketchup Eusebio e Benjie Filomeno. Duração: 110 minutos. Distribuição: Lume.

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