Em 1995, quando a Pixar lançou o primeiro Toy Story, ficamos conhecendo as figuras de Woody, Buzz Lightyear e diversos outros brinquedos que pertenciam ao menino Andy. Ao longo dos 24 anos seguintes nós os revimos em outros três longas e alguns curtas e série animada. Se você se inclui no grupo que sentiu falta de uma presença maior de Buzz em Toy Story 4, de 2019, seus problemas acabaram: Lightyear, de 2022, preenche essa lacuna. Com direção de Angus MacLane, a partir de um roteiro dele próprio junto com Jason Headley, temos aqui um filme de origem e a sequência inicial explicita isso e faz uma conexão bem legal com o filme original de 1995. Na verdade, trata-se da história real do lendário patrulheiro espacial que serviu de inspiração para o famoso brinquedo. Há referências a diversos filmes e, em especial, a Interestelar, feito em 2014, por Christopher Nolan. Há personagens novos, como o gato robô Sox, impagável, e outro velho conhecido, o Zurg. Mas a história consegue explorar, sem trocadilho, novos horizontes. Lightyear é uma típica obra de ficção-científica, envolvendo viagem no tempo e outros temas caros ao gênero. E não poderia ser diferente. Em resumo: possui muito mais acertos que tropeços. O que é muito bom para os fãs da franquia que agora, eu incluído, podemos sonhar com um faroeste do Woody, por que não? Em tempo: a dublagem de Marcos Mion não compromete.
LIGHTYEAR (EUA 2022). Direção: Angus MacLane. Animação. Duração: 100 minutos. Distribuição: Walt Disney Pictures.