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INDIANA JONES E A RELÍQUIA DO DESTINO

Um dos sonhos de Steven Spielberg no início de sua carreira era o de dirigir um filme da franquia James Bond. Isso nunca foi possível, no entanto, George Lucas lhe presenteou com as aventuras de um arqueólogo-aventureiro que poderia ser pai ou avó do famoso agente 007. Estou falando de Indiana Jones, que surgiu em 1981 com Os Caçadores da Arca Perdida e apareceu em outros três filmes: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984); Indiana Jones e a Última Cruzada (1989); e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008). Todos dirigidos por Spielberg. Agora, após um hiato de 15 anos, temos a quinta aventura, dessa vez sob a direção de James Mangold: Indiana Jones e a Relíquia do Destino. O roteiro dos irmãos Jez e John-Henry Butterworth, junto com David Koepp, mostra nosso herói no ano de 1969, aos 80 anos de idade, a mesma de seu intérprete, o ator Harrison Ford. Tudo começa com um prólogo de 20 minutos onde vemos Indy enfrentando nazistas em 1945 e descobrindo a existência de um mecanismo criado por Arquimedes que permitiria alterar o curso da História, assim mesmo, com “H” maiúsculo. A trama salta quase 25 anos para o futuro e vemos Jones se aposentando da docência na universidade e recebendo a visita de Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), sua afilhada. Ela cresceu ouvindo o pai falar sobre essa invenção do matemático grego e quer encontrá-la. Assim como antigos nazistas que agora trabalham para o governo dos Estados Unidos e são liderados por Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). Surge então a pergunta que permeia o filme e a história que ele nos conta: Indy ainda tem relevância? Para mim, com certeza. A nova aventura consegue um dificílimo equilíbrio: homenageia e faz referência a diversos momentos e personagens dos filmes anteriores sem que os agrados para fãs, os “fan services”, atrapalhem ou desviem nossa atenção. E Mangold conduz a narrativa no melhor estilo Spielberg. O que é muito bom, sem demérito algum. Conhecido por sua versatilidade, talvez tenha sido essa a razão de ele ter sido convidado para a tarefa. Indiana Jones e a Relíquia do Destino corrige as falhas de O Reino da Caveira de Cristal e recoloca nosso herói, sem trocadilho com a citada sequência do prólogo, novamente nos trilhos.       

INDIANA JONES E A RELÍQUIA DO DESTINO (Indiana Jones and the Dial of Destiny – EUA 2023). Direção: James Mangold. Elenco: Harrison Ford, Phoebe Waller-Bridge, Mads Mikkelsen, Boyd Holbrook, Toby Jones, John Rhys-Davies, Antonio Banderas, Shaunette Renée Wilson e Ethann Isidore. Duração: 154 minutos. Distribuição: Walt Disney Pictures.

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