A francesa Rebecca Zlotowski começou sua carreira em 2006, escrevendo roteiros para curta-metragens. Daí, foi um passo para assumir também a direção. A estreia em longas se deu em 2010, com o filme Belle Épine. Três anos depois ela dirigiu este Grand Central. A partir de uma ideia original de Gaëlle Macé, que junto com a diretora escreveu o roteiro, temos aqui um filme que faz uma mistura das mais inusitadas. Gary (Tahah Rahim) é um jovem que, por causa da crise econômica em seu país, não consegue se fixar em um emprego. Ele termina sendo contratado para trabalhar em uma usina nuclear. Um trabalho de alto risco, porém, necessário diante das circunstâncias. Na situação que ele se encontra, trata-se de um emprego dos sonhos: Gary ganha dinheiro e faz amigos. Tudo vai bem até o momento em que ele se apaixona por Karole (Léa Seydoux), que é mulher de um colega seu. Zlotowski consegue com Grand Central tratar da questão do desemprego generalizado que ocorre na Europa, bem como inserir esta questão em um contexto que envolve uma história de amor e também contaminação radioativa. E isso não é pouco.