Martin Scorsese é um cineasta que gosta da noite. Muitos de seus filmes se passa, na maioria, nessa parte do dia. Desde clássicos absolutos, como Taxi Driver, passando por Depois de Horas e tantos outros de sua vasta filmografia. Como este Vivendo no Limite. A partir do romance de Joe Connelly, o roteiro foi adaptado por Paul Schrader, que volta a trabalhar com Scorsese, para quem já havia escrito também Touro Indomável, A Última Tentação de Cristo, além de Taxi Driver. Desta vez, a história se concentra na rotina estressante de um grupo de paramédicos: Frank (Nicolas Cage), Larry (John Goodman), Marcus (Ving Rhames) e Walls (Tom Sizemore). Eles fazem parte da equipe noturna e deparam, diariamente, com viciados e pessoas que estão à beira da morte ou, em muitos casos, já mortas. Além do desgaste emocional do trabalho, Frank carrega as lembranças de pacientes que ele não conseguiu salvar. Vivendo no Limite é tenso, muito tenso. A câmara nervosa de Scorsese e a montagem frenética de Thelma Shoonmaker ditam o ritmo deste filme que não dá espaço para “respiros” de qualquer tipo.
VIVENDO NO LIMITE (Bringing Out the Dead – EUA 1999). Direção: Martin Scorsese. Elenco: Nicolas Cage, Patricia Arquette, John Goodman, Ving Rhames, Tom Sizemore, Marc Anthony, Mary Beth Hurt e Aida Turturro. Duração: 121 minutos. Distribuição: Buena Vista.
Uma resposta
Acertadíssima escolha, Marden. Gostaria imenso de rever este filme. Vi uma vez, apenas, e lembro do impacto.