O neozelandês Andrew Niccol começou sua carreira dirigindo comerciais na Inglaterra, onde trabalhou por dez anos. O que ele queria mesmo era dirigir longas-metragens. Seu primeiro roteiro, O Show de Truman, chamou a atenção de Hollywood. No entanto, o estúdio não quis colocar a direção do filme nas mãos de um estreante. Afinal, era uma produção orçada em 80 milhões de dólares e com Jim Carrey no papel principal. O produtor comentou que se fosse um filme mais barato, na casa do 20 milhões, ele poderia ter dirigido. Isso fez com que ele escrevesse o roteiro de Gattaca – Experiência Genética, sua estréia como diretor. A história acontece em um futuro próximo, onde os seres humanos são criados geneticamente. Nesse mundo, existem os “válidos” e os “inválidos”. E somente os que pertencem ao primeiro grupo podem participar do programa espacial. Vincent Freeman (Ethan Hawke) é um “inválido” e através de uma série de artifícios se faz passar por um “válido”. Com poucos recursos e muita criatividade, Niccol cria uma forte sensação de futuro. Algo imprescindível em um filme de ficção-científica. Gattaca nos faz acreditar em sua premissa. Tudo funciona em harmonia: o roteiro, os cenários, os figurinos, a fotografia, a direção e os atores. Ponto para Niccol que soube trabalhar muito bem com suas limitações.