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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

GARAPA

Antes de estourar com os dois Tropa de Elite, José Padilha chamou a atenção de todo o mundo com o documentário Ônibus 174. Entre os dois filmes estrelado pelo Capitão Nascimento, ele resolveu voltar às origens e, junto com Marcos Padro dirigiu Garapa, um contundente trabalho sobre a fome no nordeste do Brasil. O roteiro, escrito por Padilha e Felipe Lacerda, parte de uma frase dita pelo médico e professor Josué de Castro: “No Brasil é possível morrer de fome de dois jeitos: não comer nada ou comer mal e sofrer aos poucos com carências nutricionais”. Um relatório da ONU aponta que quase um bilhão de pessoas no mundo sofre de fome crônica. Padilha e Prado mostram, sem mascarações, essa triste realidade ao acompanharem de perto a vida de três famílias do Ceará. A opção pela filmagem em preto e branco reforça ainda mais o caráter de desespero que essas pessoas enfrentam diariamente. Principalmente as crianças, mostradas com suas barrigas inchadas. Se a intenção dos diretores era chamar a atenção para esse sério problema, basta assistir ao filme para se sensibilizar e perceber que o objetivo foi atingido. Não dá para tapar o sol com a peneira e Garapa escancara essa triste realidade em todos os fotogramas.
GARAPA (Brasil 2008). Direção: José Padilha e Marcos Prado. Documentário. Duração: 110 minutos. Distribuição: Vinny Filmes.

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Uma resposta

  1. Garapa é, sem dúvida, um dos melhores documentários brasileiros no uiverso do cinema-direto. Além de suas qualidades particulares, de contar bem uma história, presta homenagem a Mestres como or irmãos Maysles [Salesmen] e Robert Drew [Primary]. Imperdível. PS: Padilha tem um inegável talento como diretor de filmes de não-ficção. Curioso observar sua mão documentarista igualmente em filmes como o Tropa de Elite!

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