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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ATÉ O FIM

Em seu segundo trabalho como diretor, o americano J.C. Chandor já demonstra talento suficiente para se tornar um nome de destaque muito em breve. Em 2011, ele escreveu e dirigiu Margin Call – O Dia Antes do Fim. Em 2013, a aposta dele foi bem mais radical. Até o Fim, que ele também escreveu, mostra um barco danificado e à deriva com um único tripulante à bordo, “nosso homem”, nome dado nos créditos finais ao personagem interpretado por Robert Redford. Ao longo de pouco mais de 100 minutos do filme o ator está sozinho e em silêncio em cena. Não há aqui uma bola como em Náufrago ou um tigre como em As Aventuras de Pi com quem conversar. Chandor também não dá muitas explicações sobre o que levou aquele homem a viajar sozinho. Existem, é verdade, algumas pistas. Elas indicam que os problemas que ele enfrenta são de caráter muito mais interior do que aparentam. O Oscar costuma cometer injustiças em suas indicações. E no caso deste filme, a injustiça maior foi o desempenho soberbo de Redford não ter sido indicado na categoria de melhor ator na premiação de 2014. Até o Fim é denso, dramático e trabalha muito bem os elementos de um bom suspense. Além disso, é um ótimo exercício de linguagem cinematográfica.

ATÉ O FIM (All is Lost – EUA 2013). Direção: J.C. Chandor. Elenco: Robert Redford. Duração: 106 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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