O cineasta italiano Paolo Sorrentino é um dos mais promissores diretores de sua geração. Ele começou sua carreira em 1994, dirigindo curtas. Seu primeiro longa, As Conseqüências do Amor, é de 2004. Em Aqui é o Meu Lugar, que ele escreveu, junto com Umberto Contarello, e dirigiu em 2011, é sua primeira produção internacional. O filme conta a história de Cheyenne (Sean Penn), um astro do rock aposentado, que vive em Dublin, na Irlanda. A morte de seu pai, com quem ele não falava havia 30 anos, faz com que ele viaje até Nova York para o funeral. Ele descobre que seu pai sofreu uma grande humilhação no passado e decide se vingar do nazista que a causou. Aqui é o Meu Lugar mistura alguns gêneros. É, ao mesmo tempo, drama, comédia e um filme de estrada (road movie). Em alguns momentos, parece não saber que caminho seguir. Porém, seu porto seguro é a interpretação inspirada de Sean Penn, um roqueiro que lembra Robert Smith, do The Cure, com pitadas de Ozzy Osbourne e Alice Cooper. Ele é um artista que construiu sua carreira em cima de canções que falavam de dores profundas da alma. O problema, é que Cheyenne nunca sentiu uma dor verdadeira. Com a morte do pai, ele “toma” para sim, ou melhor, “herda” uma dor genuína. Em tempo: O título original vem de uma música da banda Talking Heads, do álbum Speaking in Tongues, composta por David Byrne, que faz uma ponta no filme.
AQUI É O MEU LUGAR (This Must Be the Place – Itália/França/Irlanda 2011). Direção: Paolo Sorrentino. Elenco: Sean Penn, Frances McDormand, Judd Hirsch, Olwen Fouere, Eve Hewson, Simon Delaney, Kerry Condon, Joyce Van Patten, Shea Whigham e David Byrne. Duração: 118 minutos. Distribuição: Imagem Filmes.
Uma resposta
Sean Penn já vale o aluguel!