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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ALMA VIVA

Após quatro curtas, realizado entre 2015 e 2022, a cineasta francesa de origem portuguesa Cristèle Alves Meira dirigiu Alma Viva, seu longa de estreia. O roteiro, escrito por ela junto com Laurent Lunetta, é um drama familiar que flerta com o sobrenatural. A história tem muita inspiração nas lembranças da diretora e nos relatos que ouvia quando ia passar férias no interior de Portugal. A ação gira em torno de Salomé (Lua Michel), uma menina cuja família migrou para a França. Ela está em férias na aldeia onde vive sua avó (Ester Catalão), na região de Trás os Montes, quando esta morre. O velório demora mais do que o normal por conta de os filhos morarem distante. A garota não suporta as brigas dos tios e acredita conversar com o espírito da avó. Inclusive decide vingar a morte dela. “Cedo ou tarde, todas as mulheres independentes são chamadas de bruxas”. Essa frase é dita a certa altura e, de uma certa forma, resume bem a trajetória da pequena Salomé. Alma Viva nos revela uma diretora madura e em pleno domínio de sua narrativa. Ao buscar em sua infância os elementos fantásticos que compõem a jornada de amadurecimento de alterego ficcional, Cristèle nos brinda com uma obra carregada de beleza e forte simbologia, enriquecida especialmente pela abordagem neorrealista ao utilizar no elenco atores e atrizes não profissionais.

ALMA VIVA (Portugal/Bélgica/França 2022). Direção: Cristèle Alves Meira. Elenco: Lua Michel, Ana Padrão, Jacqueline Corado, Ester Catalão, Duarte Pina, Arthur Brigas, Catherine Salée e Martha Quina. Duração: 85 minutos. Distribuição: Imovision.

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