O cineasta belga Felix van Groeningen, apesar de ter começado sua carreira no ano 2000, ganhou fama mundial somente em 2012, quando realizou Alabama Monroe. Principalmente, por conta dos prêmios que obteve em diversos festivais, além da indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Escrito pelo próprio diretor, junto com Carl Joos, o roteiro é uma adaptação da peça teatral de autoria da dupla Mieke Dobbels e Johan Heldenbergh, ator que faz o papel de Didier no filme. Com estrutura não linear, Alabama Monroe vai e volta no tempo e conta a história de um casal, Elise (Veerle Baetens) e Didier, que se apaixona assim que se conhecem. Ela é tatuadora e bem “pé no chão”. Ele é músico e faz o tipo romântico e sonhador. Os dois se juntam e, mesmo bem diferentes, tudo corre bem e nasce uma filha, Maybelle (Nell Cattrysse). Seis anos depois, a menina é diagnosticada com uma grave doença e isso transforma por inteiro a vida dos três. Temos aqui um tipo de filme que transita o tempo todo em cima da lâmina de uma navalha. Qualquer deslize pode por tudo a perder. Porém, Groeningen conduz sua obra com talento e sensibilidade. Além disso, tem na dupla principal a química necessária para nos envolver no forte drama vivido pelo casal. Sem contar a bela e empolgante trilha sonora.