A ideia era realmente muito legal. Carrinhos que se transformavam em robôs. A fábrica de brinquedos Hasbro encontrou uma grande mina de ouro com a linha transformers, lançada em 1984. A migração para os quadrinhos e animações de TV aumentou ainda mais a popularidade dos bonecos. A partir de 2007, com produção de Steven Spielberg e direção de Michael Bay, eles chegaram ao cinema. Quatro continuações depois, todas dirigidas por Bay, apesar do sucesso de bilheteria, era visível o desgaste. Isso fez com que fosse realizado um filme derivado e bem mais simples em sua proposta, o Bumblebee, de 2018. Cinco anos depois, chega uma continuação dessa revitalização Transformers: O Despertar das Feras, dirigido por Steven Caple Jr. O roteiro, escrito por Joby Harold, Darnell Metayer, Josh Peters, Erich Hoeber e Jon Hoeber, abre uma pergunta: foi preciso mesmo cinco roteiristas para conceber essa história? Esse novo derivado tem por base os Beast Wars: Transformers, e apresenta os Maximals, robôs que se transformam em animais, além dos vilões Terrorcons. Temos dois humanos, Noah (Anthony Ramos) e Elena (Dominique Fishback), e os Autobots. Os eventos aqui ocorrem em 1994, assim como em Bumblebee, que se passa em 1987. Portanto, antes dos eventos do filme original. Se for colocado junto com os outros seis filmes da franquia, O Despertar das Feras consegue facilmente ficar no pódio figurando assim como um dos três melhores de toda a série, ao lado de Bumblebee e do primeiro Transformers. O roteiro não é excepcional, longe disso, apesar de ter dez mãos envolvidas. Mas tem elementos que agradarão aos fãs. Especialmente pela cena pós-créditos que abre uma inusitada possibilidade para continuações.
TRANSFORMERS: O DESPERTAR DAS FERAS (Transformers: Rise of the Beasts – EUA 2023). Direção: Steven Caple Jr. Elenco: Anthony Ramos, Luna Lauren Velez, Colman Domingo, Dominique Fishback, Michelle Yeoh, Peter Dinklage, Ron Perlman, Pete Davidson e Peter Cullen. Duração: 117 minutos. Distribuição: Paramount.
