O ator californiano Michael B. Jordan iniciou sua carreira, em 1999, quando tinha 12 anos, em um episódio da famosa série Família Soprano. Três anos depois ele integrou o elenco fixo de A Escuta, outra premiada série. Não demorou para que começasse a atuar também em filmes. Desde então já participou de mais de 50 trabalhos na TV e no cinema. Em 2013, com Fruitvale Station, ele começou uma importante parceria ao lado do cineasta Ryan Coogler, que se estendeu por Creed, de 2015, e Pantera Negra, de 2018. Agora, com Creed III, ele estreia na direção, além de manter o papel principal de Adonis Creed, campeão mundial de boxe, filho do lendário Apollo Creed, conhecido da franquia Rocky, criada por Sylvester Stallone, em 1976. Com roteiro de Zach Baylin e Keenan Coogler, a partir de uma história de Keenan e Ryan Coogler, vemos Adonis aposentado e cuidando da família e dos negócios. Tudo vai bem até que Damian (Jonathan Majors), um amigo de infância e adolescência reaparece depois de quase duas décadas preso. Damian lutava boxe e sonhava se tornar campeão mundial. Para ele, Creed tomou seu lugar no ringue. É fácil entender a razão de Jordan ter decidido estrear na direção com Creed III. A estrutura já estabelecida pelos filmes anteriores lhe deu a segurança de lidar com poucos riscos. Mas isso não o impediu de ousar e imprimir uma marca pessoal. Isso pode ser visto na sequência da luta entre Adonis e Damian. Nela vemos apenas os dois no ringue cercados por lembranças de seus passados. Essa cena nos mostra de maneira visualmente excepcional os conflitos que ambos enfrentam. Na verdade, o real motivo daquele confronto entre irmãos é o de acertar contas com eles mesmos e também com o outro.

CREED III (EUA 2023). Direção: Michael B. Jordan. Elenco: Michael B. Jordan, Tessa Thompson, Jonathan Majors, Wood Harris, Phylicia Rashad, Selenis Leyva, Florian Munteanu, Thaddeus J. Mixson e Spence Moore II. Duração: 116 minutos. Distribuição: Warner.