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VAMPIROS DE ALMAS

Anos 1950. Auge da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. Um período em que Hollywood utilizou o cinema de ficção-científica e de terror como metáfora de uma possível invasão comunista. Eram tempos carregados de paranóia e Vampiros de Almas conseguiu expressar esse sentimento. Tudo acontece em Santa Mira, uma pequena cidade do interior da Califórnia. O Dr. Miles (Kevin McCarthy) volta de um congresso médico e acha estranho os relatos de muitos de seus pacientes que insistem em dizer que seus familiares são impostores. Mais do que focar sua trama no inimigo vermelho, o filme, na verdade, discute o Macartismo que, em nome da defesa dos valores americanos, perseguia inocentes pelo simples fato de julgá-los subversivos. O diretor Don Siegel não perde tempo com explicações inúteis. Seu filme é direto e urgente e serve para debater até que ponto nosso conformismo nos faz permitir que nossas liberdades individuais sejam tolhidas em nome de um aparente senso de segurança.
VAMPIROS DE ALMAS (Invasion of the Body Snatchers – EUA 1956). Direção: Don Siegel. Elenco: Kevin McCarthy, Virginia Christine, Dana Wynter, Larry Gates, Carolyn Jones e King Donovan. Duração: 80 minutos. Distribuição: Versátil.

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Uma resposta

  1. O que pode nos destruir nem sempre surge na forma de garras e presas, mas pode surgir inicialmente num simples vaso, numa forma de vida vegetal, e evoluir enquanto estamos com a guarda baixa. A força desse filme está numa metáfora que vai além de uma analogia política. Prova disso é o sucesso das refilmagens. Enxergo hoje nessa história uma metáfora para aquilo que nas nossas vidas pode se iniciar como algo aparentemente simples e bobo – e pode nos levar a morte rapidamente: o câncer.

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