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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

AKIRA

Primeiro veio o mangá, lançado no Japão em 1982. Seis anos depois, o mesmo Katsuhiro Otomo dirigiu também o longa-metragem de animação da história. Akira se passa em um futuro próximo e pós-apocalíptico. Kaneda é um líder da gangue de motoqueiros. Um de seus amigos, Tetsuo, se envolve em um projeto secreto do governo chamado “Akira”, que explora pessoas com grandes poderes paranormais. A ação acontece em Neo-Tóquio, um lugar devastado e repleto de facções das mais diversas: de ativistas anti-governo, passando por políticos corruptos, cientistas e forças militares. Kaneda recorre a todos eles para pedir ajuda. O caos aumenta quando Tetsuo recebe uma poderosa força sobrenatural e imprevisível. Otomo manteve no anime a mesma dinâmica e textura do mangá. Akira tem um visual impactante e não exige do espectador ter lido a história impressa previamente. O mundo mostrado no filme não é muito diferente de nosso tempo presente. Na verdade, ele potencializa os problemas que enfrentamos hoje: jovens alienados, governos corruptos e corporações industriais inescrupulosas. Pode até soar um pouco batido, mas ainda funciona muito bem.
AKIRA (Japão 1988). Direção: Katsuhiro Otomo. Animação. Duração: 124 minutos. Distribuição: Focus.

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