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SINDICATO DE LADRÕES

“Você não entende. Eu poderia ter tido classe. Eu poderia ter sido um lutador. Eu poderia ter sido alguém, ao invés de um vagabundo, que é o que eu sou”. Esta fala da personagem Terry Malloy, um dos muitos papéis icônicos do grande Marlon Brando, é dita ao seu irmão, Charley (Rod Steiger), em um momento marcante de Sindicato de Ladrões. Dirigido em 1954 por Elia Kazan, a partir de um roteiro original de Budd Schulberg, o filme conta história de um ex-boxeador, Terry, que agora trabalha para Johnny Friendly (Lee J. Cobb), o chefão do sindicato dos empregadores do porto. Charley é o braço direito de Johnny e a fala reproduzida no início deste texto resume bem o espírito do filme e a relação dos dois irmãos. Terry, que é forte mas não tem uma inteligência na mesma proporção, teve sua grande chance no ringue e a deixou escapar por causa de Charley. Ele se sente culpado por conta de algo que aconteceu durante seu “trabalho”. Para complicar ainda mais as coisas, seu envolvimento com Edie (Eva Marie Saint) e os conselhos do padre Barry (Karl Malden) só aumenta ainda mais sua angústia e frustração. Kazan sabe contar uma história muito bem. Sindicato de Ladrões é violento, dramático, intenso e envolvente. Mesmo passado tanto tempo de sua realização, seus conflitos continuam bem atuais porque são inerentes aos seres humanos, de qualquer parte do mundo. Clássico absoluto, foi o grande vencedor do Oscar de 1955, quando ganhou oito estatuetas: as de melhor filme, diretor, ator (Marlon Brando), atriz coadjuvante (Eva Marie Saint), roteiro, fotografia, montagem e direção de arte.

SINDICATO DE LADRÕES (On the Waterfront – EUA 1954). Direção: Elia Kazan. Elenco: Marlon Brando, Rod Steiger, Karl Malden, Eva Marie Saint, Pat Hingle, Lee J. Cobb, Martin Balsam e Pat Henning . Duração: 108 minutos. Distribuição: Sony.

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Respostas de 2

  1. Silêncio! A sessão vai começar. Estamos diante de um encontro entre Elia Kazan e Marlon Brando… precisa dizer mais? Aqui, divido com todos: é dos meus filmes favoritos. De ver e rever a perder as contas.

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