A coreógrafa alemã Pina Bausch era conhecida por contar histórias através de suas coreografias revolucionárias. Muitas delas baseadas em experiências dos próprios bailarinos de sua companhia, a Tanztheater Wuppertal, que atuavam como coautores. Sua morte prematura, em 2009, fez com que um de seus melhores amigos, o cineasta Wim Wenders, realizasse um belo filme em sua homenagem. Pina é uma viagem pelos sentidos. Assim como era a arte dessa incomparável professora-diretora-coreógrafa. “Dance, dance, dance. Senão, estaremos perdidos”. Essa frase dita por Pina Bausch, abre o filme e o norteia por completo. O corpo de dança de Pina é composto por bailarinos de diversas nacionalidades. Alguns estavam com ela há mais de vinte anos. Cada um fala em seu idioma nativo. Dentre as muitas coreografias apresentadas, todas excelentes, algumas se destacam mais: Café Muller, A Sagração da Primavera, Vollmond e Leãozinho, inspirada na música de Caetano Veloso. Pina não é um documentário comum. Ele foge do convencional e não segue fórmulas pré-estabelecidas. Wenders realiza aqui um espetáculo sensorial imperdível e que podemos chamar simplesmente de um autêntico “filme de arte”.
PINA (Alemanha/França/Inglaterra 2011). Direção: Wim Wenders. Elenco: Pina Bausch, Regina Advento, Malou Airaudo, Ruth Amarante, Rainer Behr, Clementine Deley e Ales Cucek. Duração: 106 minutos. Distribuição: Imovision.
Uma resposta
Filme para quem o cinema existe como arte. Filme de gente grande… PINA.