Em 1986, Hayao Miyazaki já era o nome mais respeitado da animação japonesa. O enorme sucesso alcançado por Nausiaä do Vale do Vento, lançado dois anos antes, permitiu ao cineasta fôlego para criar o próprio estúdio. Nascia aí o Estúdio Ghibli e O Castelo no Céu foi sua primeira produção. Com roteiro do próprio diretor, este novo trabalho nos apresenta um mundo onde foram criadas cidades voadoras. Após uma catástrofe, apenas uma delas, Laputa, ainda flutua entre as nuvens. Mas ninguém sabe exatamente qual é sua localização. Apenas a menina Sheeta tem esta informação por conta de um amuleto que ela carrega. Com a ajuda do jovem Pazu, ela enfrenta inimigos que querem se apossar das riquezas de Laputa. O Castelo no Céu recupera elementos já explorados por Miyazaki em seu filme anterior. A paixão por máquinas voadoras e uma boa dose de magia e aventura estão de volta. Além, é claro, do forte apelo ecológico. O bom nas animações do Ghibli é a perfeita harmonia que eles conseguem ao equilibrar uma história de forte apelo adulto e infantil ao mesmo tempo.