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O CANTOR DE JAZZ

Por mais paradoxal que possa parecer, o maior avanço tecnológico dos primórdios do Cinema, foi também responsável por um de seus grandes retrocessos. Na segunda metade da década de 1920, a Sétima Arte havia chegado a um patamar de excelência narrativa se valendo única e exclusivamente das imagens em movimentos para contar suas histórias. O advento do som se revelou, pelo menos nos primeiros anos, uma “bengala” utilizada simplesmente para reafirmar o que as imagens já estavam mostrando. Os estúdios americanos da época, com exceção da Warner, não quiseram investir na nova tecnologia. A aposta solitária da Warner se revelou vitoriosa. No dia 05 de outubro de 1927 é lançado O Cantor de Jazz, aclamado até hoje como o primeiro filme falado. O roteiro, escrito por Al Cohn, se baseia na peça de Samson Raphaelson e conta a história de um cantor judeu que desafia o próprio pai para realizar seu grande sonho de se tornar um cantor de jazz. Dizer que o filme é uma obra-prima seria um pouco de exagero. Em termos dramáticos e narrativos, ele não traz inovação alguma. Seu grande mérito está intrinsecamente ligado à revolução tecnológica provocada na produção e na exibição de filmes. Porém, é preciso reconhecer,  o filme tem uma frase profética dita por Jack Robin (Al Jolson): “vocês ainda não ouviram nada”.
O CANTOR DE JAZZ (The Jazz Singer – EUA 1927). Direção: Alan Crosland. Elenco: Al Jolson, May McAvoy, Warner Oland, Eugenie Besserer, Otto Lederer, Robert Gordon, Richard Tucker e Cantor Joseff Rosenblat. Duração: 89 minutos. Distribuição: Warner. 

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