Se você pensa que Bright, filme produzido pela Netflix sobre uma dupla policial composta por um humano e um orc é original, seguramente, você ainda não viu Missão Alien, obra de ficção-científica dirigida por Graham Baker, em 1988. O título nacional não possui a sutileza do título americano, que faz um trocadilho com a palavra “alienação”. A trama escrita por Rockne S. O’Bannon nos apresenta um mundo que vê cair uma nave no deserto de Mojave com quase 300 mil extraterrestres. Recebidos de braços abertos pelo governo da Califórnia, eles vão morar em Los Angeles e algum tempo depois, mais precisamente, em 1991, estão integrados à rotina da cidade. Claro que problemas de xenofobia começam a surgir e se complicam ainda mais a partir do momento em que os ETs passam a ocupar postos de trabalho que eram exclusivo dos humanos. Nesse contexto, o policial Sykes (James Caan) aceita trabalhar com Francisco (Mandy Patinkin), primeiro ET a integrar a Polícia de Los Angeles. Missão Alien, apesar de passados quase 30 anos de sua estreia, permanece bem atual. Ao lidar com questões que vão do puro e simples preconceito e intolerância com o que é diferente, é impossível não traçar um paralelo com inúmeros exemplos que continuam presentes nos telejornais diários. O filme gerou uma série de TV com 22 episódios que durou apenas uma temporada, além de cinco telefilmes, que não conseguiram repetir o mesmo sucesso da obra original.
MISSÃO ALIEN (Alien Nation – EUA 1988). Direção: Graham Baker. Elenco: James Caan, Mandy Patinkin, Terence Stamp, Kevyn Major Howard, Peter Jason, Roger Aaron Brown, Leslie Bevis, Conrad Dunn, Jeff Kober e Brian Thompson. Duração: 89 minutos. Distribuição: Fox.