O mundo do entretenimento e a maneira de distribuição de filmes realmente mudaram bastante nesses últimos dez anos. Hoje, aquela plataforma única de lançar um filme nos cinemas, e depois, aos poucos, ir se espalhando por outros formatos, é coisa do passado. A Netflix, por exemplo, maior empresa mundial do serviço de streaming, vem produzindo conteúdo próprio e lançado direto nos lares de seus assinantes com bastante sucesso. Bright, de David Ayer, chegou na sexta passada e já deve ter sido visto por boa parte dos 100 milhões de clientes que a Netflix tem no planeta. Escrito por Max Landis, filho do cineasta John Landis, a história nos apresenta um mundo onde humanos convivem com orcs, elfos e outros seres fantásticos. É como se a Terra Média de O Senhor dos Anéis tivesse evoluído até os dias de hoje. Temos então os policiais Daryl Ward (Will Smith) e Nick Jakoby (Joel Edgerton), um humano e um orc, que trabalham juntos e precisam evitar que uma arma poderosíssima caia em mãos erradas. A fórmula em si é a conhecida de outros tantos policiais de dupla, os chamados “buddy movies”. Nada de novo. O interessante é o contexto. Os dois atores principais funcionam muito bem juntos e David Ayer segue à risca a cartilha dos filmes do gênero. Diversão rápida e direta. Sem muita enrolação.
BRIGHT (EUA 2017). Direção: David Ayer. Elenco: Will Smith, Joel Edgerton, Lucy Fry, Noomi Rapace, Edgar Ramirez, Enrique Murciano, Ike Barinholtz, Jay Hernandez, Dawn Olivieri, Veronica Ngo, Happy Anderson e Alex Meraz. Duração: 118 minutos. Distribuição: Netflix.