Existem cineastas que conseguem trabalhar muito bem com grandes orçamentos. Assim como também existem aqueles que trabalham mais eficientemente com orçamentos apertados. John Carpenter se enquadra melhor no segundo grupo. Boa parte de sua filmografia é composta por filmes criativos, baratos e lucrativos. No início da década de 1990 ele é procurado pela Warner, que oferece a ele o projeto de Memórias de Um Homem Invisível. Baseado no livro de H.F. Saint, adaptado por William Goldman, Robert Collector e Dana Olsen, o filme, claro, lida com o clássico mito da invisibilidade. Na trama, Nick Halloway (Chevy Chase), é um corretor da bolsa que termina ficando invisível por causa de um acidente inesperado. Chase era um ator muito popular pelas comédias que havia estrelado e queria dar um novo rumo à sua carreira. Na época de seu lançamento, o filme foi massacrado pela crítica e esnobado pelo público. Custou 40 milhões de dólares, um valor bastante considerável naquele tempo, e faturou a metade disso nas bilheterias. O tempo se encarregou de provar que todos estavam enganados. Memórias de Um Homem Invisível é uma divertida comédia de ação e tem um “pegada” original para esse tipo de aventura. Além disso, discute como é solitário ser uma pessoa que ninguém vê. Ou melhor, como muita gente é invisível e simplesmente não percebe. Para concluir, os efeitos especiais são bem legais, Daryl Hannah é linda e Sam Neil um ótimo vilão. Precisa mais? Indicado para ser visto com um balde de pipoca.